Trovões saem da boca...
Cada voz é um sinal
as armas são presas aos lábios
Não sobra mais nenhum rival.
Pereceram todos sob as auroras boreais
E o rangir das pedras nos seus dentes
Já se foram todos os seus rivais
Dos mais fracos aos insistentes.
Só eu te olho em frente...
Para que me olhes com seu rancor
Enquanto tu pedes que eu te enfrente
Te olho a fronte com meu amor.
Não saio do meu posto
Mesmo que me deixes estapeado
Ainda que firas com a mão meu rosto
Dou-te para ferir o outro lado.
Não sei sua bravura certa
Não me importo em sentir dor
Se levantas em sua mão uma pedra
Sob seus braços te ofereço flor.
Não queiras saber quem sou
Cor dos olhos ou como me chamo
Só receba a flor que te dou
E ouça amado Ódio, eu também te amo.
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