segunda-feira, 29 de março de 2010

Cemitério


As sombras calvagam com a noite
os árvoredos xingam o silêncio impiedoso
degenera-se o informal pudor
e a nudez humana se alastra caloroso
e a morte rasga o pano do tempo
As covas chamam os corpos
e as flores riram, todas elas num ato infeliz
a indecência das larvas sanguinárias
nos túmulos sombrios, negros degredados
se veem as almas solitárias
rindo, todas elas num ato infeliz.

Um comentário: