Os céus choram atormentadosdentre as cascas violetas de um enterro de pedrasmorre mais uma volúpia deslumbrante dentre as belezasa cada pétala caída,mais sangra as eufóricas naturezase se chora mais uma noite por uma flor sepultadaOs uivos sombrios dos caninos aladosanunciam a tenebrosa morte de uma florchoram os esquecidos espíritos caladosque desejam a rosa para o seu amor.E um vampiro desce do topo do castelobuscando tocar a eternidade em um mortalsingelo anda sem seu reflexo belorodeado por mortas floreslamentando por ser imortal.
Onde nascem os calafriosé onde se toca levementenas mesmas brotam arrepiosde um toque bom e quente sempreReage com os lençóisas volúpias armas matinaisVem sempre o prazer dar nóise nos enlaçar em cios animaisVia eu ca leve como plumatocar-te seis beijos amantesVia ti lá delicada e flamejantee em ti soava o barulho de pluma.Entre as pernas o toque involuntáriono refúgio dos problemas mundanosSegue sim, os caminhos esse é nosso santuárioQue eu sigo eternamente,num fulgor desumano.
O clima esfriante de fim de tarde, no sertãotentei lembrar algo interessante para pensar...vi a reação química desintegrar meus ossoscomo a ferrujem de meu revólverlembrei da morte do meu pai...depois de chorar um pouco saí para tomar ventomontado fui a uma colina ...deitei...Após pensar em coisas desnecessáriasjoguei fora meu velho revólver,lembrei do meu primeiro cavaloCarabina era seu nome...que saudades daquele tempo em que me entrelaçava nos vestidos de Maria,do tempo em que ganhava doces para capinar o quintal de seu João,que tinha medo de minha mãe quando ela vinha reclamar comigo... que perdi o primeiro dente, que eu queria apenas um cavalo[...]era o fim de minha vida...Eu não tinha outra opção.dei-me .As horas se passavam na mesma proporção que minha vida ia.apenas esperei o dia chegarpara feliz morrer na compania dos abutres hostis.