quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Barriga cheia

Estão com fome ?
a culpa não é minha !
nada te neguei infâmia
Meu pão não dividirei com traças que nem vocês
para que comer pobres diabos ?

Sim estamos com fome privatizador dos sabores e sustentos[...]
Perdoe-nos,a inconveniência de culpar-lhe digníssimo homem
nunca nos negaste nada queridíssimo.
 Nada queremos,olharemos pois o desperdício, e saborearemos  o gosto da fome.
Comer? não há necessidade, digníssimo homem.

A fome descasca o corpo dos impotentes
Apenas a alma vaga buscando salvação
Os pés descalços e á amostra os dentes
E pela pele pulsa coração
Enquanto a comida arde na boca do impiedoso
sedentos pela sede de acúmulo e poder
que para sustentar seu tecido adiposo
Retiram do outro o direito de comer

Malditos sejam larvas infernais !
que jugam-se possessores da graça
fedem!,imundos animais
por tamanha crueldade
de implantar aos pobres
A eterna desgraça!

Não não percebem
A comida tirada da criança
seus cabelos não tem força
sua pele esburacada moscas saem de suas bocas

Esquecidos? olhem para trás !
vejam que sofrimento plantou
de retirar as essências carnais
retroceda!,perceba quantos matou!

os olhos quietos
revelam o resto de criança entorpecida
e a busca por uma realidade muito distante
desta maldita estabelecida.

Será que posso ainda dormir sem pensar
nos que passam fome ?
Será que eles podem dormir sabendo que amanhã nada terão de comer?

Oh morte furarei a fila ...
atenda-me o quanto antes
pois muita é minha fome por justiça.

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