quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Lobo


Perdi-me de minha alcatéia
sobras de carcaças pairam sob mim
como resto de uma batalha.
Aplausos invadem meus pêlos brancos
oferecidos pela sombria platéia


A floresta negra, e os uivos dos ventos amedrontam-me
A floresta negra nua e crua!
Nunca pois banhada de sol
Sempre pois banhada da Lua


camuflo-me à neve
Lobo branco que ouve guitarras quando olha pra lua
Que sente medo nas madrugadas...
Da floresta negra nua e crua!

Vagas lembranças de um grupo
que sinestesia vivia eu
Sou agora pois um lobo
resto de uma alma que morreu


As neves banhando meus pêlos
e pelas neves me ponho
camuflo nela meus medos
apenas deixo levar-me à um sonho...

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